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Ter | 02.10.18

A santificação diária pelo trabalho

fcrocha

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Faz hoje 90 anos que S. Josemaria Escrivá fundou o Opus Dei. No próximo sábado, dia 6 de Outubro, faz 16 anos que fui a Roma assistir à canonização de S. Josemaria. Na altura, o Papa S. João Paulo II referiu-se a ele como sendo “o santo do quotidiano”, na seguinte consideração: “S. Josemaria foi escolhido pelo Senhor para anunciar a chamada universal à santidade e para indicar que as actividades comuns que fazem parte da vida de todos os dias são caminho de santificação. Poder-se-ia dizer que foi o santo do quotidiano”.

Por vezes, os meus amigos, que sabem que sou da Obra, questionam-me sobre o que é o Opus Dei. Resumidamente, digo-lhes que o Opus Dei me ajuda a encontrar Cristo no trabalho, santificando-o. Mas também me ajuda a encontrar Deus nas minhas actividades do dia-a-dia, seja na família, seja nas conversas com amigos.

Em regra, surge sempre uma segunda pergunta: o que é santificar o trabalho? Aos meus amigos, dou-lhes exemplos concretos, mas a si, caro leitor, deixo-lhe a resposta que, certa vez, o Beato Álvaro del Portillo, primeiro sucessor de S. Josemaria, deu a esta questão:

“A primeira condição para santificar e para se santificar no trabalho é realizá-lo bem, com perfeição humana (…). Apresenta-se a ocasião de nos examinarmos a fundo e com valentia: realizo o meu trabalho com consciência, espremendo as horas para que rendam mais, sem nada conceder à preguiça? Tenho desejo de melhorar todos os dias a minha preparação profissional? Cuido dos detalhes para terminar bem as minhas tarefas diárias? Abraço a Cruz com amor — as contrariedades, as dificuldades, o cansaço do trabalho — com que tropeço nas minhas ocupações quotidianas? Se te comportas assim, meu filho, asseguro-te que já começaste a santificar o trabalho e a santificar-te por meio do trabalho.”

Ou seja, para santificar o meu trabalho não faço nada de extraordinário. Apenas me esforço por fazê-lo bem feito e ofereço isso a Deus. Ser do Opus Dei é continuar a fazer o que fazia antes, mas consciente da presença de Deus.

Por isso, este 90.º aniversário da fundação do Opus Dei é, para mim, um dia de alegria. Ontem, o Prelado recordava-nos que, embora 90 anos possa ser uma idade um pouco avançada para uma pessoa, para uma instituição da Igreja Católica é apenas um início.