Inconsequente!
Há pouco mais de um ano, o vereador da Câmara Municipal de Paredes, Cândido Barbosa, acusou publicamente um funcionário de ter desviado mais de 21 mil euros. Em consequência disso, a autarquia despediu o funcionário.
Esta semana, a história volta às páginas dos jornais por causa de uma providência cautelar que obriga o município a readmitir o funcionário. Mas isso é uma questão menor. A questão principal está na acusação que Cândido Barbosa fez. Na verdade, em vez dos tais 21 mil euros, o funcionário é acusado de desviar – espante-se! – 32 euros.
Como é que é possível um responsável político fazer uma acusação deste tamanho para no fim dar como provado uns trocos? E por ter desviado 32 euros um funcionário deve ser despedido? Na mesma câmara onde um outro, por acusações bem mais graves, foi suspenso mas manteve o vencimento?
Acusar alguém de ter roubado 21 mil euros e a seguir concluir que se trata de um de desvio de 32 euros é um acto de leviandade que tem que ter consequências. Cândido Barbosa não é inimputável.