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Seg | 25.10.10

Sugestão de leitura

fcrocha

DE BOM A EXCELENTE

 

Autor: Jim Collins

Editor: Casa das Letras

Preço: €19,90

 

Este livro foi considerado pela Harvard Business Review como “um dos 10 melhores livros de gestão de sempre”. É um livro que resulta de um longo trabalho de investigação que procura encontrar explicações para o sucesso anormal de algumas empresas.

 

“Não temos escolas óptimas, principalmente porque temos boas escolas. Não temos um governo excelente, sobretudo porque temos um bom governo. Poucas pessoas vivem vidas óptimas, em grande parte porque é mais fácil construir uma vida boa... A grande maioria das empresas não se torna excelente, só porque já é bastante boa - e este é o seu principal problema”, refere o autor.

 

Em termos práticos, Jim Collins definiu pressupostos para seleccionar empresas verdadeiramente excelentes e depois fez uma análise exaustiva detectando pontos em comum que podem ser vistos como grandes lições de gestão empresarial. A transição do bom para o excelente não depende de um gestor de topo, da última tecnologia ou até mesmo de uma estratégia precisa, no coração da mudança está a cultura empresarial que procura e promove pessoas disciplinadas a pensar e agir de forma disciplinada por forma a encontrar o que Collins apelidou de conceito Hedgehog que é um produto ou serviço que permite a uma companhia sobressair no meio da sua concorrência.

 

O filósofo e economista Peter Drucker, considerado por muitos como o pai da administração moderna, pouco antes de morrer escreveu sobre este livro o seguinte: “Este livro, cuidadosamente bem escrito, apresenta uma pesquisa minuciosa que põe em descrédito a maioria das práticas de gestão - do culto do CEO super-homem ao culto da tecnologia de informação e a mania das fusões. De Bom a Excelente não facultará aos medíocres a capacidade de se tornarem competentes, mas poderá ajudar os competentes a destacarem-se pela excelência.”

 

Jim Collins, o autor, é um estudioso do comportamento de grandes empresas, formador de líderes empresariais, orador e autor de vários artigos e livros sobre gestão. Foi professor na Universidade de Stanford, onde obteve o prémio Distinguished Teachinh Award e trabalha, actualmente, no laboratório que criou, em Boulder, Colorado, onde se dedica a pesquisar e estudar empresas.

 

Sex | 22.10.10

Editorial de 22 de Outubro de 2010

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Choque Tecnológico. Há mais de duas semanas que médicos, enfermeiros e pessoal administrativo não consegue aceder ao sistema informático da Unidade de Saúde de Freamunde, em Paços de Ferreira. Esta situação impede, por exemplo, que os médicos tenham acesso aos processos clínicos dos mais de 15 mil utentes, que os recém-nascidos sejam registados ou que as enfermeiras tenham acesso ao plano de vacinação dos utentes. Para um país que, segundo o Governo, já sofreu de vários choques tecnológicos, desta vez o choque originou curto-circuito.

 

Hospital de má saúde. Depois dos problemas no Hospital da Misericórdia de Paredes, que levaram ao encerramento parcial da urgência de pediatria e da urgência de adultos, é agora a unidade de Paços de Ferreira a dar sinais de má saúde financeira. O ex-provedor acusa a CESPU de ter abandonado a gestão do hospital. Os dois projectos, apresentados com “pompa e circunstância”, estão a revelar-se dois elefantes brancos. A parceria entre a CESPU e a Santa Casa da Misericórdia falhou nos dois casos.

 

O ciclista voador. É uma peça de teatro, mais ao menos biográfica, sobre o ciclista paredense Ribeiro da Silva, um homem que nasceu em Lordelo e que se transformou, talvez pela forma trágica como morreu, num mito do ciclismo nacional. Sem deixar de ser uma ficção teatral, a peça construiu-se a partir do seu percurso de vida. O espectáculo, encenado pelo actor Fernando Moreira, estreia hoje no auditório da Fundação A Lord e faz subir ao palco 32 pessoas. Embora o espectáculo tenha merecido o apoio da Direcção Geral das Artes do Ministério da Cultura e da Fundação A Lord, a organização queixa-se de nunca ter conseguido apresenta-lo ao vereador da cultura da Câmara Municipal de Paredes. Segundo estes, o vereador nunca esteve disponível para os receber. Prioridades…

Dom | 17.10.10

Sugestão de leitura: O Segredo da Maçonaria Desvendado

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Este livro é muito ambicioso: procura que o leitor forme uma ideia clara e fundamentada do que é e não é a Maçonaria. A franco-maçonaria, com as suas múltiplas ramificações, foi uma Instituição chave nos últimos três séculos. Desde o principio as suas actividades estiveram marcadas pelo segredo, o que suscitou um sentimento de temor e de atracção, quando não de fascinação. Por essa razão a produção de interpretações "maçológicas" é ingente. Mas as inumeráveis obras dedicadas à maçonaria, favoráveis e contrárias, soem ter em comum a falta de clareza. A mera acumulação de dados, mais ou menos contrastados, e as conclusões, muitas vezes precipitadas ou marcadas pelos preconceitos, deixou no leitor a contraditória sensação de que em torno dos maçons o enigma é cada vez maior e a confusão crescente. Tudo isto não faz senão aumentar a inquietação que provoca "a ordem".

 

 Este livro dá respostas compreensíveis, racionais e fundamentadas às perguntas que a lógica suscita: O que é a maçonaria? Quais os seus objectivos? Qual a sua origem histórica? 0 que significa e que valor têm o segredo e o ritual maçónicos? Quais as principais críticas que recebeu a ordem? Quais os grandes personagens históricos que foram maçons? Quais as relações que a maçonaria mantém com outras instituições particularmente com a Igreja católica? Será possível ou não ser católico e maçon ao mesmo tempo?

 


 O Segredo Maçónico Desvendado tem em conta tanto documentos maçónicos como os anti-maçónicos e não ilude as questões espinhosas que muitas vezes rodeiam os "trabalhos maçónicos"; aborda numerosos mitos e permitirá que o leitor tire as suas próprias conclusões baseando-se em factos controversos e não em conjecturas. As conclusões que este livro recolhe, quer as que são totalmente seguras como as que se oferecem como hipóteses mais razoáveis, estão fundamentadas adequadamente e expostas com clareza.

 

 O autor, José Ullate Fabo é jornalista e licenciado em Direito. Foi redactor e director do semanário de informação religiosa espanhol "Alpha e Omega". Hoje, escreve em colunas de opinião e dedica-se, também à publicidade institucional.

 

Editor: Diel
Preço: €26,25

Sex | 15.10.10

Editorial de 15 de Outubro de 2010

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Aliados de Lordelo I. Esta semana ficamos a saber que o Aliados de Lordelo vai ter que pagar uma indemnização de 41.700 euros à família de um árbitro agredido. A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal de Justiça e, como tal, não é passível de recurso. De facto, é muito dinheiro para um clube atolado em dívidas e com a dimensão deste. Por isso, ouviram-se de imediato os discursos catastrofistas. “O clube pode fechar as portas”, dizem alguns dos directores.

 

Aliados de Lordelo II. Antes de continuar, é de todo conveniente relembrar que a agressão aconteceu em 1998, ou seja, há mais de 12 anos. Também convém recordar que ficou provado em tribunal que os adeptos do Aliados invadiram o campo e encurralaram os árbitros durante 30 minutos no túnel de acesso ao campo. Também ficou provado que o árbitro foi atingido na cabeça por pedaços de cimento, arremessados por um adepto.

 

Aliados de Lordelo III. Joaquim Mota, presidente da Junta de Freguesia e director do clube já veio manifestar a sua revolta pela decisão do Tribunal. Disse Joaquim Mota que “o árbitro morreu de doença e não em consequência dos ferimentos”. Claro. O tribunal também não condenou o clube pela morte do árbitro, mas sim pela violenta agressão de que foi alvo. Joaquim Mota devia estar indignado com todos os dirigentes e adeptos do clube que assistiram à agressão e não foram capazes de identificar o agressor. Provavelmente, a sentença seria outra.

 

Aliados de Lordelo IV. O clube vai fechar se tiver que pagar a indemnização? Que feche. Mas pague. Provavelmente, gente habituada a juntar empresários para salvar clubes de futebol, também irá ter capacidade para juntar mais empresários, desta vez, para pagar a indemnização a uma família que espera há 12 anos.  Senão, façam como o clube de Paredes: montem um contentor no meio do Parque José Guilherme e vendam cervejas e bifanas.

Sab | 09.10.10

EDUCAÇÃO SEXUAL: 6 MITOS E 6 FACTOS

fcrocha

por João Araújo, Professor Universitário

 

Mito 1: Portugal tem a 2ª maior taxa de gravidez adolescente da Europa.

 

Facto 1: Portugal não tem a 2.ª maior taxa de gravidez adolescente. Piores, por exemplo, estão a França, a Dinamarca, a Suécia, a Noruega, a República Checa, a Islândia, a Eslováquia, o Reino Unido (mais do dobro de Portugal), e a Hungria (o triplo). Já agora, nos EUA, o maior consumidor e exportador de educação sexual, a taxa é 4 vezes maior que a portuguesa.

 

Mito 2: Os conteúdos de educação sexual são totalmente científicos.

 

Facto 2: A biologia da reprodução, infecções sexuais (IST) e contraceptivos são matérias leccionadas há décadas. Que transmite então a educação sexual? Uma espécie de revolução sexual tipo Maio de 68, mas para crianças. Num livro divulgado em todas as escolas, propõe-se que alunos de 12 anos debatam em aula as seguintes questões: «Já fingiste um orgasmo?», «Descreve-me a tua primeira experiência sexual», «Tens fantasias sexuais?», «O que te excita sexualmente?». Mais de mil escolas compraram material que propõe: masturbação solitária, em grupo, mútua. No Minho, um professor foi punido por recusar usar um livro que, entre outras coisas, propunha às crianças desenhar o corpo e as partes onde gostam de ser tocadas. No mesmo livro diz-se que as crianças precisam de conhecer «o vocabulário médico (pénis, vagina, relações sexuais), calão (f..., con..., car...)».

 

Mito 3: A Educação Sexual está cientificamente fundamentada nas ciências da educação e psicologia. Ora, os pais não são técnicos.

 

Facto 3: Os materiais de educação sexual usam abundantemente os ‘jogos de clarificação de valores’ de Rogers/Coulson e os ‘dilemas morais’ de Kohlberg, cientistas famosos. E, de facto, os pais comuns desconhecem essas teorias. Mas note-se que Rogers/Coulson afirmaram ser muito perigoso expor crianças às suas teorias. E Kohlberg concluiu das suas experiências na Cluster School que «As minhas ideias estavam erradas. O educador deve transferir valores e comportamentos, e não apenas ser um facilitador ao jeito de Sócrates ou Carl Rogers». Que aconteceu, entretanto, na Cluster School? «Esta escola serviu para gerar ladrões, mentirosos e drogados, apesar de a escola ter apenas 30 alunos e contar com 6 professores e dúzias de consultores».

 

Mito 4: A eficácia da educação sexual, na prevenção da gravidez e do contágio de doenças, certamente foi avaliada cientificamente.

 

Facto 4: Não é verdade: na educação sexual escasseia o trabalho científico. Mais de 30 anos após o lançamento da educação sexual nas escolas dos EUA, Kirby tentou uma meta-análise sobre a eficácia dos programas e encontrou apenas 23 estudos com um mínimo de qualidade. Neste momento só é certo que: 1. Nenhum modelo é consensual; 2. Continua por provar que exista um modelo de ‘sexo seguro’ que diminua a gravidez adolescente e o contágio de ISTs.

 

Mito 5: A Educação Sexual deve ser obrigatória, tal como a Matemática é obrigatória.

 

Facto 5: A Matemática é obrigatória porque é exigida pela realidade. Um engenheiro precisa do cálculo diferencial, e por isso precisa de saber derivar. Quem opta por não ter Matemática a partir do 9º ano está a optar por não ser engenheiro. Mas quem prescinde do ‘Maio de 68 para crianças’ renuncia a quê? Às convicções sexuais do professor de Educação Sexual.

 

A maioria dos pais ignora as convicções pessoais do professor de Matemática. Mas será que um ateu aceitaria, para professor de Educação Sexual do filho, um padre? E quantos casais aceitariam um activista gay? No modelo actual tudo isto pode (vai) acontecer, sem que os pais possam impedir.

 

Mito 6: Os jovens têm actividade sexual e é preciso ajudá-los a praticar sexo seguro sem o risco da gravidez ou ISTs.

 

Facto 6: Qual é a segurança do ‘sexo seguro’? A OMS declarou, em 2005 e 2007, que os contraceptivos hormonais combinados são cancerígenos nos seres humanos (grupo 1, o máximo). Onde estão os materiais sobre ‘sexo seguro’ que referem isso? Quem informa as adolescentes de que o risco de desenvolver cancro é máximo em quem toma a pílula durante 4 anos antes da primeira gravidez de termo? E quem alerta quanto à ineficácia do preservativo para evitar o contágio de praticamente todas as IST? E quem diz às crianças que a intimidade sexual é muito mais que prazer, químicos e borrachas?

 

Mas os pais que não querem filhos expostos a estes riscos nada podem fazer. A partir desta altura haverá nas escolas gabinetes a proporcionar contraceptivos aos alunos sem conhecimento dos pais.

Sex | 08.10.10

Editorial de 08 de Outubro de 2010

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A República. No passado dia 5, a exemplo do que aconteceu por todo o país, foram inauguradas mais de uma dezena de escolas na região, como forma de assinalar os cem anos da República. Os republicanos detestam Salazar, mas não deixa de ser curioso que as escolas recuperadas e agora inauguradas sejam as mesmas que foram construídas por Salazar e Caetano. Não deixa de ser curioso que a obra mais emblemática das comemorações da República tenha sido o Centro de Investigação da Fundação Champalimaud, um empresário que os republicanos sempre prejudicaram. Tudo isto, porque a República actual não tem nada de seu para exibir. Hoje, à semelhança da I República, os governantes perderam a credibilidade e o Estado deixou de ser visto como uma pessoa de bem. Em 1910, os políticos não faziam ideia do que era governar, o que levou o país a um estado caótico. Hoje, os políticos – das câmaras municipais aos governos – em vez de governar, governam-se. O Estado passou a ser o padrinho de muitos. Os actuais políticos nunca o seriam na I República, porque o Povo não os deixaria durar muito tempo. O que lhes vale é que o povo é sereno.  

 

Ajudar quem precisa. A minha avó materna costumava dizer: “Antes da comida ser servida, chega para todos”. Esta capacidade para partilhar, mesmo quando há pouco, é uma coisa muito nossa, muito portuguesa. Exemplo disso foi a conferência de doadores realizada em Paredes. Depois de vários empresários terem aderido a uma iniciativa lançada pelo Município e terem conseguido construir a primeira fábrica de Timor, juntaram-se agora outros numa conferência que pretendeu angariar mais ajudas para Timor. A iniciativa da autarquia de Paredes teve uma importância crescida para Timor-Leste, ao ponto do seu presidente da república ter participado nela durante os dois dias. No final, juntaram-se mais de três milhões de euros para ajudar quem está numa situação incomparavelmente mal.

Ter | 05.10.10

A república que produziu Salazar

fcrocha

por José António Saraiva


Os republicanos não faziam a menor ideia do que era governar, criando todas as condições para o aparecimento de um Messias.

 

As comemorações do primeiro centenário da República, em que esta é apresentada como a salvação de um país envolto no mais negro obscurantismo, criarão nos espíritos menos avisados a ideia de que I República foi um mar de rosas.

 

Ora não pode haver ideia mais enganadora.

 

O regime republicano, em lugar de salvar Portugal, mergulhou-o numa crise profundíssima, criando todas as condições para o aparecimento de um Messias.

 

Os republicanos e os seus sucessores detestam Salazar. Ora Salazar não surgiu do nada. A subida de Salazar ao poder e o seu longuíssimo consulado explicam-se pelo estado desgraçado e caótico em que a I República deixou o país.

 

Do ponto de vista económico, do ponto de vista financeiro, do ponto de vista da ordem pública, do ponto de vista do prestígio do Estado, em suma, de quase todos os pontos de vista, a República foi uma autêntica calamidade.

 

Comecemos por um tema pouco abordado, até por ser incómodo: a violência.

 

A partir de meados do século XIX, a violência parecia definitivamente afastada da vida política portuguesa. Depois das desgraças da guerra civil e dos tumultos militares da primeira metade do século, Portugal parecia ter entrado na rota da acalmia e do progresso. Mas a República, de mãos dadas com a Maçonaria e a Carbonária, trouxe a violência de volta. A coisa começou em 1908, com o assassínio do Rei e do príncipe herdeiro. O 5 de Outubro nem foi violento - e a Monarquia caiu quase sem sangue. Mas a partir de 1915 é que foram elas. Nesse ano deu-se a revolta que depôs Pimenta de Castro e fez mais de 100 mortos, depois foi o atentado contra o chefe do Governo João Chagas, os assaltos aos estabelecimentos em Maio de 1917 que provocaram mais de 50 vítimas, a Leva da Morte, o assassínio de Sidónio Pais, a Noite Sangrenta com as suas rondas da morte e o massacre de alguns fundadores da República desiludidos com o regime como António Granjo, Machado Santos e Carlos da Maia - isto sem contar com um sem-número de revoltas que provocaram mortos e feridos e em certos períodos atingiram um ritmo semanal.

 

E, como ponto alto deste período marcado pela violência civil e militar, temos a famosa carnificina da Flandres, que custou ao país 15 mil mortos de jovens na flor da idade, mandados para a frente de combate pelo fervor ideológico de Afonso Costa e seus companheiros.

 

Perante este quadro negro, o movimento militar de 28 de Maio e a ocupação do poder pela tropa, e sobretudo a subida de Oliveira Salazar à chefia do Governo, seis anos depois, foram recebidos com um suspiro geral de alívio. Finalmente o país tinha paz!

 

A República fundou-se em duas ideias, ambas erradas: que as causas do atraso de Portugal estavam, em primeiro lugar, na existência de uma Monarquia, e em segundo lugar na influência da Igreja Católica.

 

Ora, que a existência de uma Monarquia não impedia o progresso, provava-o o facto de países avançados como a Inglaterra, a Bélgica ou a Holanda não precisarem de depor a Coroa para se desenvolverem.

 

Mas os republicanos só tinham olhos para França e acreditavam piamente que Portugal era atrasado porque tinha um Rei - o qual protegia os padres, que tinham uma influência nefasta sobre o povo.

 


Assim, a primeira coisa que os republicanos fizeram, depois de deporem a Monarquia, foi perseguir a Igreja, confiscar-lhe os bens, acabar com o ensino religioso e, de uma forma geral, afastar a Igreja Católica da área do poder e influência.

 

Só que, depois de terem feito tudo isso, os republicanos concluíram com angústia que o país não se desenvolvia, pelo contrário, definhava. Ou seja, verificaram que o país não era atrasado por causa do Rei e dos padres mas por outras razões.

 

A República fez com que Portugal se tornasse mais pobre porque o clima de instabilidade política e de violência assustou os industriais e os banqueiros, travando os investimentos e dizimando os poucos embriões de um Portugal moderno que existiam no princípio do século XX.

 

Na segunda metade do século anterior o país tinha conhecido efectivamente um certo desenvolvimento, tendo surgido um grupo de industriais e banqueiros com espírito capitalista - Alfredo da Silva, Burnay, Sotto Mayor, etc. - que prenunciava a entrada de Portugal nos tempos modernos. Ora estes embriões de um país desenvolvido foram dizimados no tempo da I República, levando o país a andar para trás.

 

Perante um quadro tão negro, Salazar, quando subiu ao poder, tinha tudo para vencer. Bastava-lhe fazer exactamente o contrário do que fizera a República, ou seja: restabelecer a ordem pública e a autoridade do Governo, equilibrar o Orçamento, normalizar as relações com a Igreja. Salazar só não restaurou a Monarquia porque, embora sendo monárquico, viu que isso não era decisivo e ia criar uma polémica desnecessária.

 

Além disso, Salazar percebeu que, à falta de uma classe empresarial, tinha de concentrar no Estado o desenvolvimento do país. Finalmente, substituiu o internacionalismo republicano, assente em ideias importadas de fora, por um nacionalismo intransigente.

 

Com estas ideias e uma grande eficácia na acção, Oliveira Salazar teve logo de início um apoio popular enorme. O que se percebe. No próprio ano em que assumiu a pasta das Finanças (1928) equilibrou as contas públicas e recusou um empréstimo da Sociedade das Nações, considerando as condições humilhantes para Portugal. Por isso foi designado o mago das Finanças.

 

E rapidamente restabeleceu a ordem pública, tornando Portugal de facto um país de brandos costumes . É certo que o fez à custa de uma Polícia política execrável, da proibição dos partidos, da censura à imprensa e do mais que sabemos. Mas, para termos uma ideia comparativa, durante o período que durou o Estado Novo foram mortos ou morreram na prisão 50 militantes do PCP (o partido mais fustigado pela PIDE). Isto, note-se, em 48 anos. Ora este número de mortos era frequentemente alcançado numa só noite, nas constantes revoltas que marcaram o tempo da I República.

 

O prestígio de Salazar ainda aumentaria quando, no princípio dos anos 40, evitou a entrada de Portugal na II Grande Guerra. Aí, tornou-se um Santo . E, mais uma vez, fez o contrário do que tinham feito os republicanos: onde estes tinham mandado os soldados para a Flandres, mal equipados e pior armados, para servirem de carne para canhão, ele seguiu o caminho oposto - e não só optou pela neutralidade como convenceu o vizinho Franco a fazer o mesmo. E em plena guerra na Europa ainda arranjou forças para organizar em Lisboa a grande Exposição do Mundo Português (1940).

 

Da fugaz I República ficaram pois, quase exclusivamente, as boas intenções. A intenção de educar o povo, de proteger o povo, de contar com o povo. Mas esse mesmo povo abandonou a República no primeiro momento, talvez pensando que de boas intenções está o Inferno cheio.

 

Isto também explica que a República tenha durado uns escassos 16 anos, enquanto o período seguinte (1926-74, dominado por Salazar entre 1928 e 1968) durou uns longos 48 anos, ou seja, três vezes mais.

 

Tudo somado, pode dizer-se que a I República não deixou saudades. E se hoje se comemora com tanto fervor é mais por razões ideológicas - e porque no poder está o partido que herdou a tradição republicana, o Partido Socialista - do que pelas virtudes que mostrou.

Seg | 04.10.10

Educação sexual nas escolas…

fcrocha

Coube-nos em sorte viver num tempo em que o óbvio deixou de o ser. Fomos apanhados de surpresa? Em parte. Na parte exacta em que às coisas que o nosso "instinto moral" tem como boas e duradouras falta, por vezes, o apoio de um discurso mais convincente para todos.

 


Também por isso, este tempo é um tempo bom.

  


A publicação da Lei 60/2009 de 6 de Agosto (e sua Portaria nº. 196-A/2010 de 9 de Abril) trouxe a educação sexual para a ordem do dia.

  


Apesar da relativa controvérsia, a Assembleia da República impôs a educação sexual, única e estatal, nos projectos educativos das escolas. Há agora algum mal-estar nas famílias e nas escolas: feriram-se os valores democráticos de fundo, alastra a dúvida sobre como reagir, e paira um medo difuso das retaliações para quem reagir.

  


O momento é de firmeza tranquila, de pensamento prudente, e de acções fundamentadas.

  


Duas questões fundamentais se colocam

  


• Primeira: são os pais quem tem o direito de educar os filhos. E têm o direito de o fazer segundo as suas convicções religiosas, políticas e filosóficas. Assim o reconhece a Constituição da Republica (Artigo 36.º , nº. 5. e Artigo 43.º) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (Artigo 26.º, nº. 3.)

 


Não basta, pois, que o Estado se mostre disponível para “ouvir os pais”, para depois fazer o que quiser. A vontade dos pais quanto à educação sexual – intimamente ligada à matriz valorativa que cada família escolhe em liberdade - deve ser respeitada, sem qualquer condicionamento.
Isso implica, à cabeça, que os pais tanto devem poder optar pela educação sexual oferecida nas escolas, como devem poder igualmente optar por recusar essa educação sexual oferecida pelas escolas.

 


• Segunda: qualquer programa de educação sexual, para vigorar nas escolas, tem de se fundar num trabalho científico metódico e sério.


Ora há muitas questões ainda sem resposta dada pelo Ministério, pelo que não é tolerável arriscar que os nossos filhos sejam usados nas experiências laboratoriais dos ideólogos do ministério.

 


O movimento de pais e cidadãos que se agregam em torno desta questão, pediu, e espera, junto do Ministério da Educação e da Ministra a atitude que a situação exige: cancelar de imediato a educação sexual por não se poder impôr a todos as ideologias não científicas de alguns.

 


Entretanto, que pode fazer cada pai e cada mãe? Escrever à escola uma mensagem simples: "não autorizamos que o nosso filho (a nossa filha) assista a qualquer aula, acção ou aconselhamento relativo a “educação sexual” sem o nosso acordo por escrito, atempadamente solicitado pela escola.”
O que apreciamos? Pluralismo. O que exigimos? Liberdade.

 


Não seja o Estado a definir o comportamento sexual dos jovens. Sejam os pais a educar  os filhos.


www.plataforma-rn.org

Sab | 02.10.10

Divinas inspirações

fcrocha


Este artigo pormenoriza o que sucedeu no coração de S.Josemaria em 2 de Outubro de 1928 e o caminho que Deus preparou desde essa data para os seus filhos.

 

Fonte http://www.opusdei.pt

 
Em 1931, o fundador do Opus Dei registava nos seus Apontamentos íntimos, o que tinha sucedido na manhã de 2 de Outubro de 1928, quando se encontrava na Rua García de Paredes, de Madrid, a participar nuns exercícios espirituais. Eis as suas palavras: «Recebi a luz sobre toda a Obra, enquanto lia aqueles papéis. Ajoelhei-me comovido — estava sozinho no meu quarto, no intervalo entre uma prática e outra — dei graças ao Senhor e recordo com emoção o toque dos sinos da paróquia de Nossa Senhora dos Anjos (...). Recompilei com alguma unidade as notas soltas, que até aí vinha tomando»[1]. Esta anotação abre uma janela à sua alma ao mesmo tempo que põe em evidência a iniciativa divina do sucedido.


 A luz que S.Josemaria recebeu foi uma irrupção de Deus na história. Deus continua a actuar no mundo, no “hic et nunc”, no “aqui e agora” da vida dos homens. O Opus Dei é trabalho de Deus, operatio Dei. “Deus trabalha”, insistiu o Papa Bento XVI na sua última viagem a França, citando o Evangelho de João. «Assim o trabalho dos homens tinha que aparecer como uma expressão especial da sua semelhança com Deus; e, desta maneira, o homem tem capacidade e pode participar na obra criadora de Deus no mundo»[2]. Deus continuará sempre a actuar, presente na Sua Igreja, transformando o mundo e convertendo as almas. Como reza a quarta Oração Eucarística, o Espírito Santo foi enviado do Pai pelo Filho para continuar no mundo a Sua obra: opus suum in mundo perficiens.

 

«Recebi a luz sobre toda a Obra». Em 2 de outubro de 1928 já está presente todo o Opus Dei, embora a luz do 14 de fevereiro de 1930 fará entender a S.Josemaria que também as mulheres hão-de formar parte da Obra. Pese embora a solução jurídica para os sacerdotes não tenha chegado senão em 14 de Fevereiro de 1943, em 2 de Outubro encontramos já o sacerdócio: o primeiro sacerdote do Opus Dei é o próprio fundador. O Opus Dei nasce na Igreja, Deus elegeu um sacerdote para o fundar. Trata-se de proclamar a chamada universal à santidade e ao apostolado, o valor santificador do trabalho profissional, feito o melhor possível, quando se transforma em oração e serviço aos outros.


"O trabalho dos homens tinha que aparecer como uma expressão especial da sua semelhança com Deus; e desta maneira o homem tem capacidade e pode participar na obra criadora de Deus no mundo".«Ajoelhei-me comovido». A atitude do fundador reflecte a sua fé. Ajoelhar-se é reconhecer que se está diante do Mistério: algo que é sagrado e que, portanto, não nos pertence. Se esse acto exterior é acompanhado de uma autêntica disposição interior, manifesta ao mesmo tempo fé e humildade. Só Deus é Deus. Tudo provém d’Ele; conta, certamente, com a nossa resposta generosa, mas é Deus que nos elegeu e nos amou primeiro. Diante da Sua bondade, nasce espontaneamente a acção de graças: «dei graças ao Senhor».

 

No Novo Testamento, o facto de ajoelhar-se ou de prostrar-se significa obediência, respeito. Assim actua o leproso diante de Cristo e os discípulos na barca, quando a tempestade foi acalmada. Em Getsemani, Nosso Senhor, de joelhos sobre a pedra dura, quando na obscuridade mal se distinguem as oliveiras, diz com a força do amor um sim à Vontade do Pai. Jesus ajoelha-se com a humildade da Sua vontade humana, unida à Sua vontade divina, com um gesto físico cujo simbolismo permanece hoje válido e sê-lo-á sempre, para todas as culturas. A justo título se sublinhou que antigamente se representava o diabo sem joelhos, pois carece da força de Deus; não sabe amar: «a incapacidade de ajoelhar-se aparece, por assim dizer, como a própria essência do diabólico»[3].


 Ao contrário do anjo caído, os anjos no Céu, miríades, cantam as glórias de Deus. No dia 2 de Outubro de 1928, os sinos da igreja de Nossa Senhora dos Anjos, quiçá convocassem o povo para se reunir em assembleia, ou simplesmente para dar as horas. O tocar daqueles sinos ressoaria no coração de S.Josemaria durante toda a sua vida. Nesse coração, na festa dos Santos Anjos da Guarda, nascia a semente do Opus Dei. 

 

Com visão de fé, a partir daquela manhã, o fundador via o Opus Dei projectado no tempo e no espaço. O que via? Sobretudo, as pessoas, uma a uma, muitas almas, «homens e mulheres de Deus, que levantarão a Cruz com as doutrinas de Cristo sobre o pináculo de toda a actividade humana.»[4]

 

Transmitir a semente do Opus Dei é, antes de tudo, pôr as almas na proximidade de Deus, junto de Jesus Cristo. E para levar a cabo essa tarefa é essencial um profundo sentido da filiação divina, da qual S.Josemaria será eficaz arauto ao longo da sua vida: o baptizado é filho de Deus em Cristo. Com efeito, «o que não se sabe filho de Deus, desconhece a sua verdade mais íntima e carece, na sua actuação, do domínio e do senhorio próprios dos que amam o Senhor acima de todas as coisas»[5].

 

O olhar do filho de Deus penetra todas as profissões honestas, ama o mundo que nasceu bom das mãos de Deus e abraça toda a humanidade, numa bela e original evocação. O trabalho nasce do amor; a sabedoria é a ciência do amor; santificar o trabalho é uma arte, caminho para Deus: uma colaboração apaixonada com Deus, que dá sentido à vida e portanto segurança, pois Deus não nos abandona nunca. Cada um há-de ser mestre de santidade, também com as suas misérias e transmitir a fé com uma entrega que deixa actuar a brisa suave do Espírito Santo, o Espírito de Cristo. 

 

O centro de toda a história da salvação é Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro: somos o seu povo que, na Eucaristia, é convocado fazendo-se corpo de Cristo. Na Missa, a Igreja oferece Cristo e oferece-se, enquanto se faz Igreja: Corpo de Cristo.


O mesmo sucede com o Opus Dei que, como S.Josemaria gostava de dizer, é uma partezinha da Igreja[6]. O espírito da Obra impele a amar a «servir a Igreja, e todas as criaturas, sem servir-se da Igreja»[7]. Cada cristão leva consigo, por assim dizer, toda a Igreja, a corte celestial e os santos. Todos os santos, cada um deles, são nossos, desde o bom ladrão até à Santa Narcisa, mulher equatoriana canonizada por Bento XVI em outubro de 2008. Nos primeiros anos do Opus Dei, S.Josemaria sonha já com o mundo inteiro.

 

O 2 de Outubro de 1928, quando S.Josemaria vê a Obra, acaba de celebrar a Santa Missa, para a salvação do mundo. Com o rito penitencial e mediante muitas outras orações do Cânon, manifestou, com toda a sua paixão de bom sacerdote que procura a vontade de Deus, o desejo de ter um coração puro. Não sabe ainda que será um apóstolo da santificação da vida corrente , que recordará a tantas almas que hão-de oferecer a Deus sacrifícios espirituais de agradável odor, unidos ao Sacrifício da Missa, centro e raiz da vida interior. Fez-se presente o Mistério da Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão de Jesus Cristo, sentado à direita do Pai.


O Opus Dei foi assim o fruto da iniciativa divina e da correspondência humana, uma manifestação de que o Espírito Santo guia e santifica o Seu Povo.Na actualização do mistério pascal, Cristo oferece-se sob as aparências do pão e do vinho, frutos da terra, da videira e do trabalho do homem. O pão já não é pão, é o Seu Corpo; o vinho, o Seu Sangue. Jesus está real e substancialmente presente, como ensinou: Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccáta mundi. O Céu desceu à terra, já se antecipa a liturgia celestial, a ceia das bodas do Cordeiro, como sublinha a forma habitual do Rito latino, que acrescenta: Beati qui ad cenam agni vocáti sunt. S.Josemaria rezou também nessa altura aquelas palavras que hoje se encontram no Missal do Beato João XXIII: Corpus tuum, Dómine, quod sumpsi, et Sanguis, quem potávi, adhaéreat viscéribus meis. O Corpo e o Sangue de Cristo fizeram-se íntimos a esse jovem sacerdote de vinte e seis anos, que está quase a  ver o Opus Dei.

 

Todas as nações estavam de algum modo na Missa do fundador, que bem podia afirmar que, em cada Missa, «a terra e o Céu unem-se para entoar com os Anjos do Senhor: Sanctus, Sanctus, Sanctus...» [8]. Toda a criação, pois o Céu e a terra estão cheios da glória divina[9].

 

No 2 de Outubro de 1928 o Fundador deu graças a Deus e se pôs-se a trabalhar. «Recompilei com alguma unidade as notas soltas, que até aí vinha tomando», escreveu. Embora tenha considerado depois, na sua humildade, que tinha tardado em secundar a inspiração divina, S.Josemaria trabalhou muito. O Opus Dei foi assim o fruto da iniciativa divina e da correspondência humana, uma manifestação de que o Espírito Santo guia e santifica o Seu Povo: como ensina o Concílio Vaticano II[10], Deus quis que a Sua Igreja tomasse uma renovada consciência da chamada universal à santidade. É este o núcleo da mensagem que S.Josemaria tinha recebido já em 1928 e que os fiéis do Opus Dei, comprometidos em santificar o mundo a partir de dentro, procuram difundir com a sua própria vida.


 A festa litúrgica dos Santos Anjos da Guarda começou a celebrar-se em Espanha e em França no século V. Em 1670, o Papa Clemente X estendeu-a à Igreja universal, fixando a sua celebração no dia 2 de Outubro. Que Deus fizera ver ao fundador esta partezinha da Igreja na festa dos Santos Anjos, parece como que uma chamada da Providência a não perder nunca o ponto de mira sobrenatural: há muitos anjos no nosso caminho, guardam-nos executando as ordens do Senhor e louvando-O sempre, como recorda a Sagrada Escritura em textos que, em 1928, se liam na liturgia da Missa do dia 2 de outubro[11].

 

Neste ano mariano que o Prelado estabeleceu para o Opus Dei, a acção de graças dos seus fiéis e das pessoas que participam nos seus apostolados, dirige-se à Virgem Maria, o primeiro opus Dei por razão de excelência, como a chamou o Santo Padre João Paulo II, durante una audiência concedida a D. Álvaro del Portillo nos primeiros dias do seu pontificado. Pedimos à nossa Mãe do Céu que nos faça pequenos, humildes, para nos enchermos de Deus.

 

G. Derville.

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[1] S.JOSEMARIA, Apuntes íntimos, nn. 306, en A. Vázquez de Prada, El Fundador del Opus Dei, vol. I, Rialp, Madrid 1997, pp. 293.

[2] BENTO XVI, Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins de París, 12- IX -2008; cfr. Jo 5, 17.

[3] JOSEPH RATZINGER, El espíritu de la liturgia, Madrid, 2001, p. 218.

[4] S.JOSEMARIA, Apuntes íntimos, nn. 217-218, en A. Vázquez de Prada, El Fundador del Opus Dei, vol. I, Rialp, Madrid 1997, pp. 380-381.

[5] S.JOSEMARIA, Amigos de Deus, n. 26.

[6] Cfr. PEDRO RODRÍGUEZ, FERNANDO OCÁRIZ, JOSÉ LUIS ILLANES, El Opus Dei en la Iglesia, Madrid, 2001, p. 22.

[7] SÃO JOSEMARÍA, Temas Actuais do Cristianismo, nn. 47.

[8] S.JOSEMARIA, Cristo que passa, n. 89.

[9] Cfr. Missal Romano, Sanctus.

[10] Cfr. Constituição Dogmática Lumen Gentium, n. 11.

[11] Cfr. Ex 23, 20-23; Sal 91 (90), 11-12; 103 (102), 20-21.

Sex | 01.10.10

Editorial de 01 de Outubro de 2010

fcrocha

Troca de galhardetes. A política no concelho de Paços de Ferreira está cada vez mais animada. Com a entrada em cena de Humberto de Brito no executivo municipal, a actividade política ficou bem mais activa, passamos a ter uma oposição mas atenta e mais interventiva. Por certo que quem governa terá mais cuidado nas decisões que toma e quem faz oposição estará mais atento à governação. O concelho sai a ganhar. O único problema aqui é que nem o PSD, nem o PS sabem lidar com a diferença de opiniões, passando o tempo em autêntico clima de guerrilha. Esta semana, ambos trocaram comunicados e respostas aos comunicados cheios de ataques pessoais, com intervenções do pior nível político. É benéfico que haja muita actividade política, mas esta só será frutífera que as intervenções forem feitas com educação e respeito.

 

Relevante. Esta semana, o Diário Económico noticiou a possibilidade da Nestlé poder vir a investir 100 milhões de euros na construção de uma fábrica, em Paredes. Segundo o mesmo diário, Paredes é uma das três hipóteses de investimento da multinacional Suíça, que pretende construir uma fábrica de cápsulas para o café da Nespresso. Embora não ainda haja certezas de nada, não deixa de ser relevante que o concelho de Paredes comece a constar nos planos de investimento dos grandes grupos multinacionais.

 

Rota do Românico. O Governo distinguiu a Rota do Românico com a Medalha de Mérito Turístico, reconhecendo assim o relevo que esta iniciativa que tem para o turismo nacional. Este é o quarto prémio importante que a Rota do Românico recebe este ano. Convém relembrar que o projecto Rota do Românico permitiu recuperar dezenas de monumentos da região, para além de ter criado um produto turístico único e genuíno.

 

Apertos. O Governo deu-nos a conhecer o PEC3. Ninguém duvida que são necessárias medidas urgentes de contenção da despesa. Pena é que não o tenha feito em 2005 e nos tenha mentido até agora. De realçar que as medidas concretas apresentadas são as que vão atingir os trabalhadores, as que vão atingir o sector financeiro e os institutos do Estados foram apresentadas na generalidade.