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alinhamentos

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Seg | 29.08.11

Primeiro contacto técnico do FMI

fcrocha

Partilho um texto divertido que me enviou um amigo.


Conversa entre o taxista e o elemento do FMI, entre o Aeroporto e o Hotel. 

 

"Hotel Tivoli? Daqui, do aeroporto, é um tiro... Então o amigo é o camone que vem mandar nisto?

 

A gente bem precisa. Uma cambada de gatunos, sabe?

 

E não é só estes que caíram agora. É tudo igual, querem é tacho. Tá a ver o que é? Tacho, pilim, dólares.

 

Ainda bem que vossemecê vem cá dizer alto e pára o baile...

O nome da ponte? Vasco da Gama. A gente chega ao outro lado, vira à direita, outra ponte, e estamos no hotel.


Mas, como eu tava a dizer, isto precisa é de um gajo com pulso.

 

Já tivemos um FMI, sabe? Chamava-se Salazar. Nessa altura não era esta pouca-vergonha, todos a mamar. E havia respeito...

 

Ouvi na rádio que amanhã o amigo já está no Ministério a bombar. Se chega cedo, arrisca-se a não encontrar ninguém. É uma corja que não quer fazer nenhum.

 

Se fosse comigo era tudo prà rua. Gente nova é qu'a gente precisa.

 

O meu filho, por exemplo, não é por ser meu filho, mas ele andou em Relações Internacionais e eu gostava de o encaixar. A si dava-lhe um jeitaço, ele sabe inglês e tudo, passa os dias a ver filmes.

 

A minha mais velha também precisa de emprego, tirou Psicologia, mas vou ser sincero consigo: em Junho ela tem as férias marcadas em Punta Cana, com o namorado.

 

Se me deixar o contacto depois ela fala consigo, ai fala, fala, que sou eu que lhe pago as prestações do carro.

 

Bom, cá estamos. Um tirinho, como lhe disse.


O quê, factura? Oh diabo, esgotaram-se-me há bocadinho."

Sab | 27.08.11

Uma ciclovia para automóveis

fcrocha

Sou um dos utilizadores do sistema de bicicletas partilhadas da cidade de Paredes e quase todos os dias utilizo-as para passear de bicicleta com os meus filhos.

 

Hoje, decidi utilizar os trajectos apontados pelas ciclovias. Desfecho: uma desgraça! O problema não está nos percursos sugeridos, o problema são os carros estacionados em cima da mesma. Não há um único percurso que não tenha vários carros estacionados em cima da ciclovia.

 

Se existisse uma verdadeira fiscalização por parte da Policia Municipal o problema resolvia-se facilmente. Enquanto isso não acontecer, as ciclovias não servem para nada, a não ser para complicar a vida a quem quer andar de bicicleta.

 

Vejam alguns exemplos do passeio de hoje:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resta-nos circular pelos passeios.

Qui | 25.08.11

Não estamos nos cuidados paliativos.

fcrocha

Toda a gente diz que está tudo muito mal. Dos debates televisivos às conversas de café: isto está muito mal e está cada vez pior. Mas será mesmo assim? Às vezes temos memória curta. Mesmo com o país mergulhado numa grave crise, os tempos que vivemos hoje não são comparáveis aos da miséria que se vivia em Portugal há pouco mais de 30 anos. Em 30 anos passamos por isto duas vezes e sobrevivemos. Portanto, há que deixar a lamúria e agir.

 

Eu acredito que esta crise tem solução, mas não acredito que o Governo seja a única solução. A solução não passa pelo Orçamento de Estado. Embora ajude em alguma coisita, a verdadeira austeridade será paga pelos trabalhadores e pelos pequenos e médios empresários. Quando os governos falam em rigor nas contas públicas, estão apenas a explicar-nos o quão empenhados estão em nos fazer pagar o défice orçamental.

 

A solução para esta crise vai passar pelas empresas. É certo que muitas já desapareceram, basta olhar para cada um dos nossos concelhos, mas também há muitos empresários que reinventaram o negócio, procuraram alternativas e estão a conseguir contornar a crise. Conheço alguns empresários que sobreviveram às duas crises anteriores e consideram esta como uma “chuva molha tolos”. Não quero aqui florear a inegável crise económica em que vivemos, é grave e deve ser tratada como tal, mas não é o fim do mundo. Custa-me ouvir diariamente os opinion maker a falar do estado de saúde grave em que estão muitas empresas nacionais, dedicando muito tempo e sabedoria a falar dos pormenores da autópsia e do funeral, em vez de falarem da cura.

 

Eu acredito que os homens crescem mais em tempos de dificuldade do que em tempos de tranquilidade. Os tempos que vivemos são uma oportunidade única para voltarmos a ter um país moderado nos gastos, capaz de trabalhar mais e melhor e com iniciativa. Para isso, basta que nos deixemos de ilusões, tentações e choradeiras.

Sab | 20.08.11

Geração Bento XVI.

fcrocha

Esta semana, mais de dois milhão de jovens oriundos de 170 países juntam-se em Madrid. Só de Portugal foram mais de 13 mil, a maior delegação de sempre. Não foram para assistir a um qualquer concerto de rock. Foram para se encontrar com o Papa.

 

As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) realizam-se a cada três num lugar do mundo e é o maior evento organizado pela Igreja Católica a nível mundial. Estas jornadas constituem um forte estímulo à vida cristã dos jovens, será para muitos a primeira oportunidade para viverem na primeira pessoa a universalidade da Igreja.

 

“Sois a geração Bento XVI”, foi desta forma que o cardeal de Madrid se dirigiu aos jovens na abertura das JMJ. Na verdade, estes jovens estão unidos ao Papa que, para além de ser guardião da fé, mostrou nas suas primeiras encíclicas que é o Papa do amor e da esperança e que tem insistido nos fundamentos éticos neste tempo de crise económica. O professor de teologia D. Pablo Blanco Sarto escreveu um artigo onde dizia que Bento XVI dá-nos esperança. “Não tem pressa. Bento XVI avança devagar mas seguro, com o passo pausado de um bom montanhista. Sabe falar, rezar, estudar e esperar. Conhece a virtude da paciência, mas para ele, como dizia Paul Claudel, «a paciência é a irmã mais pequena da esperança» ”. É em busca desta confiança e esperança que os jovens se juntam a este Papa.

 

Sobre as JMJ, Bento XVI escreveu que “agora, num momento em que a Europa tem grande necessidade de reencontrar as suas raízes cristãs, marcamos encontro em Madrid, com o tema: «Enraizados e edificados em Cristo... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). […] O relativismo difundido, segundo o qual tudo equivale e não existe verdade alguma, nem qualquer ponto de referência absoluto, não gera a verdadeira liberdade, mas instabilidade, desorientação, conformismo às modas do momento. […] Vós sois o futuro da sociedade e da Igreja!”

 

Qui | 18.08.11

A proposta

fcrocha

Colocar os nossos idosos nas cadeias, e os delinquentes fechados nas casas dos velhos.

 

Desta maneira, os idosos teriam todos os dias acesso a um duche, lazer, passeios.
Não teriam necessidade de fazer comida, fazer compras, lavar a loiça, arrumar a casa, lavar roupa etc.
Teriam medicamentos e assistência médica regular e gratuita.
Estariam permanentemente acompanhados.
Teriam refeições quentes e a horas.
Não teriam que pagar renda pelo seu alojamento.
Teriam direito a vigilância permanente por vídeo, pelo que receberiam assistência imediata em caso de acidente ou emergência, totalmente gratuita.
As suas camas seriam mudadas duas vezes por semana, e a roupa lavada e passada com regularidade.
Um guarda visitá-los-ia a cada 20 minutos e levar-lhes-ia o correio directamente em mão.
Teriam um local para receberem a família ou outras visitas.
Teriam acesso a uma biblioteca, sala de exercícios e terapia física /espiritual.
Seriam encorajados a arranjar terapias ocupacionais adequadas, com formador instalações e equipamento gratuitos.
Ser-lhes-ia fornecido gratuitamente roupa e produtos de higiene pessoal.
Teriam assistência jurídica gratuita.
Viveriam numa habitação privada e segura, com um pátio para convívio exercícios.
Acesso a leitura, computador, televisão, rádio e chamadas telefónicas na rede fixa.
Teriam um secretariado de apoio, e ainda Psicólogos, Assistentes Sociais, Políticos, Televisões, Amnistia Internacional, etc., disponíveis para escutarem as suas queixas.
O secretariado e os guardas seriam obrigados a respeitar um rigoroso código de conduta, sob pena de serem duramente penalizados.
Ser-lhes-iam reconhecidos todos os direitos humanos internacionalmente convencionados e subscritos por Portugal.

 

Por outro lado, nas casas dos idosos:

Os delinquentes viveriam com € 200, fechados, numa pequena habitação com obras feitas há mais de 50 anos.
Teriam que confeccionar a sua comida e comê-la muitas vezes fria e fora de horas.
Teriam que tratar da sua roupa.
Viveriam sós e sem vigilância.
Esquecer-se-iam de comer e de tomar os medicamentos e não teriam ninguém que os ajudasse.
De vez em quando seriam vigarizados, assaltados ou até violados.
Se morressem, poderiam ficar anos, até alguém os encontrar.
As instituições e os políticos não lhes ligariam qualquer importância.
Morreriam após anos à espera de uma consulta médica ou de uma operação cirúrgica.
Não teriam ninguém a quem se queixar.
Tomariam um banho de 15 em 15 dias, sujeitando-se a não haver água quente ou a caírem na banheira velha.
Passariam frio no Inverno porque a pensão de €200 não chegaria para o aquecimento.
O entretenimento diário consistiria em ver telenovelas, a Fátima, o Goucha, a Júlia Pinheiro e afins na televisão.

Fonte: http://ontiano.blogspot.com/2011/08/proposta.html

 

Ter | 16.08.11

O problema está nas estatísticas

fcrocha

As notas da segunda fase dos exames nacionais confirmam os péssimos resultados da nossa escolaridade. São onze as disciplinas com média negativa, mais cinco do que em 2010, entre elas está Matemática e Português. Quase metade das disciplinas tiveram média negativa.

 

Estamos a falar do ensino secundário, onde os alunos que terminam este ciclo devem estar em condições de ingressar numa universidade. Média de 8 valores a Matemática e 9,1 a Português, numa escala de 20, é desastroso.

 

Estes números deixam-me preocupado porque está em causa a mobilidade social. Eu acredito que os melhores instrumentos de mobilidade social são a educação e a qualificação. É através da educação e qualificação que crianças oriundas de famílias com menos recursos conseguem ter mais oportunidades de igualdade e, assim, evoluir socialmente.

 

Antes de se tomar qualquer atitude é preciso perceber o que correu mal para chegarmos a estes resultados. Serão os programas que estão mal feitos? Os professores não foram suficientemente capazes para ensinar? Os alunos esforçaram-se pouco?

 

Eu acredito que o defeito está nas estatísticas. Foi por razões estatísticas que quisemos que Portugal progredisse rapidamente nos números europeus e para isso nivelou-se tudo por baixo, exigiu-se pouco do ensino para facilitar a vida aos alunos.

 

Estas notas são o resultado de uma aprendizagem básica e facilitista.

 

É preciso mexer na educação, mas sem grandes reformas. As reformas demoram mais de cinco anos a darem frutos, por isso não é possível passar todos os anos a fazer reformas na educação. É necessário ir mexendo com cuidado, bom senso e ponderação. Fazer o reforço da carga horária a Português e Matemática é uma das formas, mas não chega.

É necessária uma avaliação externa dos professores e dos alunos. Numa sociedade global e altamente competitiva não faz sentido não estarmos todos sujeitos à avaliação.

 

Temos que ter outra visão sobre o papel do professor, este tem que ser reconhecido e valorizado. É necessário aumentar a autoridade dos professores e é preciso dizer aos pais dos meninos que na escola encontrarão rigor, disciplina e exigência.

 

 

 

 

 

Sex | 12.08.11

A qualidade paga-se

fcrocha

Os hábitos de leitura estão a mudar. No VERDADEIRO OLHAR sentimos a essa mudança, a cada semana que passa o número de leitores da edição online dilata. Fruto de uma edição actualizada várias vezes ao dia, a edição online tem, neste momento, uma média de 15.069 leitores por dia. Logo que acordam, os nossos leitores podem ver as notícias da região através do telemóvel e, durante o dia, podem seguir o ritmo informativo através das várias actualizações diárias.

 

Se os leitores podem ter toda a informação na hora, o que sobra para ler na edição impressa de sexta-feira que está à venda nos quiosques? O que leva um leitor que acompanha diariamente a edição online a comprar o jornal ao fim de uma semana? O desejo de estar bem informado.

 

Uma boa informação, isenta, com qualidade e com um compromisso com a verdade só pode ser feita por jornalistas. Os jornalistas são profissionais e, como qualquer profissional, têm que ser pagos. O problema é que a edição online, mesmo com mais de 450 mil leitores num mês, não gera receitas suficientes para sustentar uma redacção. Os anunciantes não estão sensibilizados para a importância e visibilidade que se consegue na edição online, os leitores não estão disponíveis a pagar para ler na Internet. A isto, junta-se ainda o facto de muitos leitores não conseguirem discernir um jornal online de um site que vai copiando umas noticias e publicando umas notas de imprensa enviadas pelas câmaras municipais.

 

Assim, a partir de agora, na edição online pode acompanhar a “espuma” dos dias. Lá, vai poder ler as notícias do dia-a-dia, a agenda cultural e as notas de imprensa das várias instituições. Na edição em papel vai poder ler noticias produzidas por jornalistas de excelência, tratadas com o intuito de converter a informação em conhecimento. O que publicarmos na edição impressa há-de continuar a alimentar os sites, blogues e até os jornais e as rádios da região.

 

A boa informação gera liberdade e cultura.

 

 

 

Qui | 11.08.11

Inglaterra: quem está no lado certo e no lado errado?

fcrocha

Há aproximadamente um ano, David Cameron afirmou que no Reino Unido existiam famílias que há duas gerações que não sabiam o que era trabalhar. Eram pessoas que recebiam subsídios estatais que passavam de pais para filhos. Estas pessoas haviam perdido o hábito de trabalhar.
 
Ora, com o agravar da crise mundial, muitos destas famílias perderam parte dos subsídios que os sustentava sem terem que trabalhar. A morte do jovem pela polícia não foi o rastilho para uma manifestação dos jovens, foi a desculpa que estes encontraram para poderem roubar o que bem lhes apetecia.
 
Que não haja confusão: não estamos perante uma luta de jovens, estamos perante motins criminosos que merecem uma resposta à altura. Jovens de 14, 15 ou 16 anos que têm consciência para partir montras de lojas e roubar tudo o que está lá dentro, têm que ser presos e julgados. O Reino Unido é um estado de direito e estes crimes têm que ser tratados em sede própria.
 
Estes miúdos não andam a roubar fruta para comer. Praticam actos de pura selvajaria para roubarem plasmas, telemóveis, incendiarem casas, carros e estabelecimentos comerciais.
 
Custa-me ouvir os comentários de alguns opinadores que tentam encontrar desculpas sociológicas para explicar este vandalismo. Não pode haver inequívocos sobre quem está do lado certo e do lado errado. No lado certo estão a polícia e os comerciantes, muitos deles imigrantes, que viram o trabalho de uma vida inteira ser destruídos por um bando de selvagens.

 

Dom | 07.08.11

Só não vê quem não quer.

fcrocha

Só não vê quem não quer. O leito do rio Sousa, na zona que atravessa as freguesias de Sobreira, Recarei e Aguiar de Sousa, em Paredes, voltou a aparecer pintado. Se em outras ocasiões, a água correu azul ou castanha, neste fim-de-semana era vermelha. Não foi a primeira, a segunda nem tão pouco a terceira vez que a água do rio Sousa apareceu pintada na zona Sul do concelho de Paredes. Há vários anos que este troço tem sido alvo de diversos atentados ambientais. Para se perceber melhor o que se passa no rio, importa dizer que na Sobreira, junto ao rio, existe uma tinturaria, uma fábrica que tinge tecidos e fios de várias cores. Ora, a montante da referida fábrica o rio nunca apareceu pintado. Se o que polui o rio é tinta, se na margem existe uma fábrica que trabalha com tintas e a poluição só acontece a jusante da tinturaria, não deve ser difícil encontrar o foco de poluição.


Vandalismo. Já que falo de poluição, uma associação de Valongo retirou de dentro de um buraco na serra de Santa Justa qualquer coisa como 1500 pneus. A mesma associação afirma que existem mais pneus na serra e quer tirar – espante-se! – 8 mil pneus. 8 mil pneus não foram levados para a serra num bolso. Ninguém viu?

Dom | 07.08.11

Pares sem dinheiro.

fcrocha

Foram mais do que muitas as instituições que se candidataram ao projecto PARES. Como se tratavam de fundos comunitários, construíram-se lares, creches ou centros de dia, alguns em freguesias pequenas, edificados com dimensões opulentas. Já que nos vão dar o dinheiro, pedimos muito e fazemos grande. Ora, acontece que parte do investimento tem que ser suportado pelas instituições. Por exemplo, em Canelas, no concelho de Penafiel, construiu-se um edifício que custou quase dois milhões de euros. Deste valor, 400 mil euros teriam que ser suportados pela associação local que, obviamente, não tem essa quantia. Este é apenas um das dezenas de casos idênticos nesta região. Isto é apenas um exemplo que nos ajuda a compreender a situação mísera a que o país chegou. É a mania das grandezas e do gastar por conta.