Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

alinhamentos

alinhamentos

Qui | 30.06.11

Editorial de 01 de Julho de 2011.

fcrocha

Nervoso miudinho I. É certo que faltam dois anos para as próximas eleições autárquicas, mas em Penafiel já se começa a sentir o nervoso miudinho provocado pela sucessão de Alberto Santos. E não é apenas no seio dos socialistas. Acredito que Alberto Santos quer resolver o problema da sua sucessão antes de terminar o mandato. Por isso, para tentar resolver parte desse problema, conseguiu colocar o Mário Magalhães na lista de deputados do PSD. Eu creio que apenas o conseguiu ampliar. Na verdade, Mário Magalhães deixou de ser vereador, mas passou a ser deputado da Nação e, ao que tudo indica, irá manter um contacto muito próximo com a população através de algumas iniciativas próprias, algumas delas já agendadas. Convém não perder de vista que Mário Magalhães é conhecido por “controlar” a máquina laranja no concelho de Penafiel.


Nervoso miudinho II. Esta semana, Jaime Neto, o “pai” da Coligação Penafiel Quer, à margem da conversa com o nosso Jornal sobre o seu percurso pessoal e profissional diz, sem citar nomes, que o próximo cabeça-de-lista da coligação tem que ser alguém que se “identifique claramente com os ideais do PSD” e que o partido “não vai com certeza indicar o nome de ninguém que não se identifique claramente com o PSD”. Por outras palavras, Jaime Neto excluiu a possibilidade do vereador do CDS-PP Antonino de Sousa ser o sucessor do actual presidente da Câmara. Ora aqui está outro problema que, provavelmente, Alberto Santos não estaria à espera.


Um bom exemplo. O concelho de Lousada anunciou 45 dias consecutivos de actividades que vão chamar a atenção para o que o concelho tem de melhor: desde a Feira do Livro (que já arrancou), a Mostra de Produtos Locais, a Feira de Artesanato e as Festas Grandes do concelho, entre outras. Com esta iniciativa, Lousada vai promover os produtos locais, como os queijos e vinhos, o alojamento, patentes nas Rotas Gourmet, e também o património. Um exemplo que devia ser seguido pelos concelhos vizinhos.

Qua | 22.06.11

Já lá vão quatro anos!

fcrocha

Inconveniências. Parece que foi há poucos dias, mas já passaram quatro anos desde o primeiro número do VERDADEIRO OLHAR. Este ano, celebramos o aniversário de forma diferente: editamos o livro “Inconveniências”, que reúne 99 artigos escritos pelo Prof. Fernando Sena Esteves. Na verdade, este colunista é a personalidade mais ilustre da nossa ficha técnica e colabora connosco assiduamente desde o primeiro número. O livro foi apresentado na semana passada pelo General Ramalho Eanes, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Penafiel. O prefácio do livro foi escrito pelo Prof. João César das Neves que descreve os textos do Prof. Sena Esteves desta forma: “Relativamente ao travo comum destes pequenos acepipes, ele é tão evidente como a sua diversidade. Se o tivesse de caracterizar, diria que é o sabor da velha doçaria tradicional. Sem ser moralista, sente-se a voz da antiga sabedoria, que não desdenha usar os métodos contemporâneos mas mantém a sensatez de sempre. Por outro lado, mantém a informalidade de quem anda cá há tanto tempo que já não faz cerimónia. É frequentemente pessoal, sem vergonha de revelar a própria identidade e até detalhes da intimidade. Em todos estes elementos, e muitos outros, vê-se uma delicadeza e informalidade que já não se usa, e que lembra tempos mais confiantes”.

 

Já lá vão quatro anos. O jornal VERDADEIRO OLHAR pautou sempre a sua actividade tendo como base valores como a confiança, a verdade e a proximidade com os leitores. Temos acompanhado com pormenor as dificuldades da região, mas também temos destacado o desenvolvimento dos concelhos da nossa área de abrangência e realçado muitos dos bons exemplos de cidadania e empreendedorismo. Se tivesse que fazer um balanço deste quatro anos, diria que foram muito positivos. Lembro que, nos últimos anos, muitos dos acontecimentos desta região que foram notícia a nível nacional, primeiro foram notícia no VERDADEIRO OLHAR.

Sab | 18.06.11

Editorial de 17 de Junho de 2011.

fcrocha

Nesta edição, damos conta das dificuldades que atravessam o Penafiel, o Paços de Ferreira e o Paredes. São, sem dúvida, situações muito difíceis, onde serão necessárias mudanças estruturais e até de mentalidades. Agora que os campeonatos nacionais de futebol terminaram, é preciso parar para pensar nos anos difíceis que aí vêm e que vão afectar directamente os clubes da região.

 

Porque é que estes três clubes estão, neste momento, sem direcção? Não é pela falta de dinheiro. É porque dirigir um clube obriga a um trabalho exigente. A maior dessas exigências é lidar com os adeptos. (Escrevi adeptos e não massa associativa porque estes clubes têm muitos adeptos, mas quase não têm sócios.) Se o clube tem uma situação financeira equilibrada, mas não tem resultados, os adeptos criticam. Se consegue resultados, mas deve dinheiro a meio mundo, os adeptos voltam a criticar.  Os adeptos criticam treinadores, dirigentes, jogadores e resultados. Não há dirigente que não fique cansado disto.


Se às críticas dos adeptos juntarmos as dificuldades financeiras porque passam os clubes, temos a receita certa para o abandono das direcções. Quase todos os clubes são suportados, indirectamente, pelas autarquias. Ora, como estas são obrigadas a cortar os subsídios devido à crise, dificulta ainda mais a gestão de um clube.


Para continuar a existir, os clubes precisam de sócios – muitos sócios – que não estejam obcecados com a contratação de jogadores ou a conquista de títulos. Os clubes precisam de sócios que exijam uma gestão com razão, feita sem perder contacto com a realidade da região e do país. Se os sócios e adeptos não compreenderem isto, vai ser difícil que pessoas dedicadas e honestas, como as que têm neste momento estes três clubes, aceitem dirigir o clube.

Qua | 08.06.11

Editorial de 09 de Junho de 2011.

fcrocha

Uma boa representação. A região não escapou à onda laranja que varreu quase todo o país, tendo o PSD ganho por percentagens bem mais expressivas do que a nível nacional. De uma assentada só, o Vale do Sousa elegeu quatro deputados: o repetente Adriano Rafael Moreira e os estreantes Conceição Ruão, Simão Ribeiro e Mário Magalhães. Pela primeira vez na história da democracia, a região tem quatro deputados que integram o partido que suporta o Governo. A estes quatro, depois de formado o Executivo, poderá juntar-se Maria João Fonseca. Desta vez, os problemas do Vale do Sousa não podem ficar sem resposta.


 

Um resultado expressivo. Paços de Ferreira foi o concelho onde o PSD alcançou o melhor resultado da região e o segundo melhor do distrito: 48,3 por cento. Das 16 freguesias da Capital do Móvel, só Freamunde escapou aos laranjas. Em Paredes, o PSD obtém um resultado próximo de Paços de Ferreira, mas o PS consegue a maior derrota da região e a segunda maior do distrito do Porto. Em Lousada, concelho tradicionalmente socialista, o partido da rosa consegue o seu melhor resultado, mas insuficiente para travar uma vitória do PSD. Foi depois do almoço em Penafiel que Passos Coelho começou a descolar nas sondagens. Também neste concelho, os social-democratas alcançaram uma vitória expressiva.


 

Não há desculpas. O resultado destas eleições só não aconteceu em 2009 porque a verdade dos números andou escondida. Desta vez, não dava para disfarçar, pois cada um de nós sentia na carteira esses números que andaram tanto tempo escondidos. Mas a culpa não foi só do PS, porque enquanto os socialistas escondiam e manipulavam os números, o PSD andava entretido a destruir líderes. Um Governo sem oposição governa mal. Um mau governo, governa ainda pior. Agora, acabaram-se todas as desculpas. É urgente pôr em marcha o plano de emergência para que o país ganhe credibilidade nos mercados internacionais e a economia recupere. A história diz-nos que, por duas vezes, os programas do FMI deram bons frutos. Resta-nos cumprir a regra, sem excepções.

Qui | 02.06.11

Editorial de 03 de Junho de 2011.

fcrocha

É um sucesso. Associação Paredes Pela Inclusão Social (APPIS) apresentou esta semana os resultados do projecto lançado em 2007, apadrinhado pelo Presidente da República e do qual o VERDADEIRO OLHAR é sócio fundador. Se em 2007 o concelho de Paredes liderava a tabela dos concelhos com maior abandono e insucesso escolar, hoje, quatro anos depois, Paredes é um caso de sucesso. Enquanto a nível nacional houve um aumento de 18,1 por cento de bons alunos, em Paredes esse aumento é de 23 por cento. Duplicaram o número de alunos com nota quatro e quadruplicaram os que tiveram nota cinco. Dos 176 casos acompanhados pelos treze técnicos nenhum abandonou a escola.

 

É pedalar. São cerca de 100 as bicicletas que os residentes e os visitantes de Paredes têm à disposição, desde terça-feira, para se deslocarem no centro da cidade, tendo por base um sistema de empréstimo. Por apenas cinco euros anuais, qualquer pessoa pode alugar uma bicicleta durante quatro horas seguidas. No final desse tempo, se quiser continuar a pedalar, só tem que aguardar meia hora enquanto bebe uma água e voltar a pegar na bicicleta mais quatro horas. Não sei se, como acredita a autarquia, vai ser uma alternativa ao automóvel, mas acredito que haverá muitas mais pessoas a andar de bicicleta. Resta-nos esperar que a partir de agora a Polícia Municipal e a GNR tenham mão pesada com quem estaciona em cima das ciclovias.

 

Um bom exemplo. Na secção “Um dia na vida de…” damos-lhe a conhecer uma empresa de Penafiel, muito interessante. Dedica-se à criação de novos jogos e à reprodução de jogos de tabuleiro já existentes, em madeira. O objectivo foi juntar dois amores: os jogos de tabuleiro e a matemática. Uma das particularidades que os distingue é o facto de todos os seus produtos estarem a ser adaptados para que possam ser jogados por cegos e amblíopes. A empresa procura aliar a isso a preservação do património histórico-cultural, contribuindo para o fortalecimento da memória colectiva. Todos os produtos, contam com o acompanhamento de um dos maiores especialistas de jogos de tabuleiros antigos a nível europeu. Perfeito!