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alinhamentos

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Qua | 31.03.10

Petição a favor do Papa Bento XVI

fcrocha

Está disponível na Internet uma petição a favor do Santo Padre.

 

A carta reúne fieis católicos, de todas as tendências e de todo o mundo, que desejam dar o seu apoio ante os ataques mediáticos que tem sido alvo.


Ao contrário de outras petições na Internet, nesta é garantida a confidencialidade dos nomes e apelidos dos assinantes. A lista será entregue apenas na Santa Sé.

 

Convido-o a clicar aqui e a assinar esta petição.

Sab | 27.03.10

O matrimónio visto pela Pixar

fcrocha

Hoje, um amigo enviou-me este admirável vídeo, dizendo que era um cantico ao matrimónio.

 

O filme é excepcional, positivo com uma compilação de cenas fabulosas.

 

Aconselho que veja com calma, faça um exame e tire pelo menos um propósito, para que em casa tudo funcione um pouquinho melhor.

 

São quatro minutos e 23 segundos prodigiosos. Ensinam mais sobre o matrimónio que muitos livros e palestras.

 

Sex | 26.03.10

Violência doméstica é notícia?

fcrocha

No passado sábado, o Jornal VERDADEIRO OLHAR noticiou um alegado caso de violência doméstica. A ex-mulher do ciclista Cândido Barbosa acusa o também vereador da Câmara Municipal de Paredes de a ter agredido na frente dos filhos. No domingo, três jornais nacionais deram destaque a este assunto.

 

A publicação da notícia tem gerado algumas reacções, umas menos bem-intencionadas que outras. Portanto, interessa perceber se um caso de violência doméstica é ou não notícia.

 

Antes de mais, convém esclarecer que a violência doméstica passou a ser crime público em 2000. Ou seja, deixou de ser um assunto apenas do foro íntimo do casal.

 

Hoje mesmo, o Jornal de Notícias noticia que “todos os dias, 84 mulheres são vítimas de violência doméstica”. Convém relembrar que no ano passado, no nosso país, 40 mulheres perderam a vida vítimas de violência doméstica.  Mas estes números são apenas um bocadinho do que se conhece, pois muitos casos continuam a não ser conhecidos, já que as vítimas, por variadíssimas razões, optam pelo silêncio sem dele dar conhecimento às autoridades. Mesmo assim, no ano passado, a GNR e a PSP registaram mais de 20 mil ocorrências. O número não nos choca, o que nos choca é o reduzido número de condenações.

 

Estes, são apenas alguns dos números negros da violência doméstica em Portugal, mas quem trabalha na Comunicação Social não pode ficar apenas pela análise destes números. Tem que os denunciar. Embora a violência doméstica, como já disse, seja crime público, entre a lei que parece perfeita e a vida vai uma grande distância.

 

A Comunicação Social pode e deve fazer a diferença, dando espaço noticioso a este tema, dando voz a quem, por vezes não tem voz.

 

Voltando à questão inicial: o VERDADEIRO OLHAR, o Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Correio da Manhã estiveram mal ao denunciar este caso? Vejamos o que dizem as Nações Unidas.

 

A Assembleia Geral das Nações Unidas, através de uma resolução aprovada por unanimidade, recomenda uma actuação dos Media no sentido de “desafiar as atitudes do público face à violência doméstica”. Para conseguir tal objectivo, propõem que os Media denunciem os casos de violência doméstica. Inclusive, recomenda que o assunto não seja tratado nas secções “crime”, mas sim nas secções “sociedade”. A mesma resolução aconselha a que sejam omissas referências à vida social ou amorosa dos intervenientes, mas o comportamento dos agressores deve ser claramente exposto, assim como a sua identificação pessoal. Deve ficar claro quem é o agressor e quem é a vítima.

 

Antes de analisar este caso em concreto, é importante que se diga que pode tomar forma de violência doméstica, a violência psicológica e mental, que inclui agressões verbais, perseguição, privação de recursos físicos e financeiros. Em muitos casos chega-se à agressão física, que pode ir das violações, empurrões, beliscões, pontapés, espancamentos até à morte.

 

A notícia do VERDADEIRO OLHAR é notícia?

 

Para a elaboração da notícia, o jornalista recolheu e analisou todos os dados de forma a dar uma informação correcta. O jornalista ouviu a vítima que lhe relatou os factos, confirmou junto do hospital a ida desta ao serviço de urgência e junto da GNR confirmou que havia sido apresentada queixa contra Cândido Barbosa por violência doméstica. Cândido Barbosa, ouvido pelo jornalista, não quis comentar. Não restam dúvidas que a notícia é verdadeira.

 

A isto tudo temos que acrescentar o facto de Cândido Barbosa ser uma figura pública. Para os mais distraídos, convém relembrar que o ciclista foi o mandatário para a juventude na campanha eleitoral de Cavaco Silva e é vereador do pelouro do desporto na Câmara Municipal de Paredes.

 

Eu percebo que a alguns dê jeito pôr em prática aquele velho ditado português que diz “entre marido e mulher ninguém meta a colher”. Mas os casos de violência doméstica dizem respeito a todos. Deixaram de ser assunto privado, passaram a ser considerados crime público, um atentado aos direitos humanos.

 

O caso que o Jornal VERDADEIRO OLHAR relatou não é um caso de uma determinada família, de uma certa localidade ou de apenas de um sector da sociedade. A violência doméstica é uma chaga social generalizada que urge pôr em relevo.

 

Dizer que a violência doméstica é um assunto que apenas diz respeito à vítima e ao agressor é o mesmo que dizer que o trabalho infantil apenas diz respeito a quem tem filhos, ou que a escravatura é apenas um assunto que diz respeito ao comprador e vendedor de escravos.

 

Para finalizar, há a dizer que, hoje mesmo, a Amnistia Internacional avançou com uma campanha que visa sensibilizar a população a dar voz às mulheres para acabar com os segredos em torno da violência doméstica.

Qui | 25.03.10

Não fazemos vítimas

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Olhar (Im)Parcial I. Já em tempos, neste mesmo espaço, expliquei que a secção “Olhar (Im)Parcial” pretende ser um lugar de opinião politica. É imparcial, porque damos o mesmo espaço a cada um dos partidos ou coligações representados nos executivos municipais da região. Também é parcial, porque cada um dos colunistas está claramente identificado com o seu partido.  


Olhar (Im)Parcial II. O colunista José Henriques Soares, quando foi convidado para escrever, era presidente do maior núcleo social-democrata de Paredes e chefe-de-gabinete do presidente da Câmara Municipal. Na altura, estava claramente identificado com o PSD. No entanto, como é do conhecimento geral, José Henriques Soares não ocupa nenhum destes cargos, nem tão pouco representa o PSD/Paredes. Assim, é de toda a justiça dar oportunidade ao PSD local de sugerir um novo colunista. O nome proposto, e que aceitamos de imediato, foi o do líder da bancada da Assembleia Municipal, José Manuel Outeiro. Quanto a José Henriques Soares, passará a escrever na secção “Opinião”. Numa altura em que tanto se fala de influência dos políticos nos meios de comunicação social, pareceu-me oportuno dar esta explicação. Como se pode ver, daqui não saem vítimas.


Às escuras I. 11 famílias de Paço de Sousa estiveram três dias sem electricidade e correm o risco de voltar a ficar às escuras daqui a oito dias. A história é igual a outras que já noticiamos: o prédio tem licença de habitabilidade, mas não tem luz definitiva. Mais dia, menos dia, a EDP corta. Este prédio tem licença de habitabilidade há 13 anos.


Às escuras II. Não se compreende como é que as câmaras municipais continuam a passar licenças de habitabilidade, sem que os prédios reúnam as condições necessárias para a obtenção de tal licença. Não se compreende como é que os bancos aceitam fazer escrituras sem verificar no local as condições do prédio. Também não se compreende como é que os moradores aceitam fazer escrituras sem acautelarem todas as condições das suas casas. A culpa, nestes casos, não é solteira.

Sab | 20.03.10

Ainda Freamunde e o abandono da Citânia de Sanfins

fcrocha

Freamunde ingovernável I. Todas as semanas recebo e-mails ou telefonemas com reacções ou comentários ao conteúdo do jornal. Esta semana, recebi um e-mail de um leitor com uma sugestão, que me parece lógica, para a situação que se vive em Freamunde. Uma vez que os partidos não se entendem, e a lei nada diz sobre o que fazer em casos como estes, o leitor propõe que seja adoptado o Método de Hondt. Afinal, para a eleição dos membros da Assembleia de Freguesia foi usado o mesmo método. Neste caso, aplicando o Método de Hondt, daria três elementos para o PSD e dois para o PS. Na Assembleia de Freguesia, a oposição continuaria a ter a maioria.


Freamunde ingovernável II. De facto, a sugestão do leitor parece-me ter toda a lógica. O que não tem lógica é a proposta de um referendo, sugerido pelos socialistas. O PS quer que os freamundenses digam nas urnas o que pretendem. Mas não foi isso que fizeram em Outubro? Se o PS está interessado em saber o que pensam os eleitores, tem uma solução mais eficaz que o referendo: eleições. Basta que todos os candidatos socialistas renunciem ao mandato. Ficaria o problema resolvido, para além de não correrem o risco de fazer um referendo que no fim poderá não ser vinculativo.

 

Citânia abandonada I. A Citânia de Sanfins foi classificada pelo IPPAR como monumento nacional e é uma das mais importantes zonas arqueológicas da civilização castreja na Península Ibérica. São cerca de 15 hectares que nos ajudam a perceber como vivia a civilização por volta do século III aC.


Citânia abandonada II. Será que o monumento é assim tão importante para o concelho? Parece que não. De Paços de Ferreira até à citânia não existe qualquer sinalética. Chegados ao local, deparamos com um monumento abandonado, sem um único vigilante ou guia e com a casa do núcleo familiar fechada à chave. No passado domingo eram muitas as famílias a visitarem a citânia – a minha também – cada uma por sua conta e risco. O monumento tem mais importância do que aquela que a Câmara Municipal lhe dá.

 

Qui | 11.03.10

Desgoverno e palhaçada

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Freamunde ingovernável I. Ficou tudo na mesma. PSD, PS e CDU não se entendem quanto à composição do executivo da Junta de Freguesia. Na passada sexta-feira foi dado seguimento à Assembleia de Freguesia que deveria servir para resolver o problema. Afinal, da última Assembleia até esta, apenas mudou a data. Os eleitos, esses continuam com os mesmos objectivos que têm desde Outubro passado. Como ninguém cede, ficou tudo na mesma.


Freamunde ingovernável II. José Maria Taipa diz que não tem condições para governar com um executivo composto maioritariamente por elementos da oposição. A oposição diz que a soma dos votos dá-lhe a maioria e, por isso, têm direito ao maior número de vogais. Compreende-se quando José Maria Taipa diz que não tem condições para governar, mas a maioria dos votos são da oposição. Taipa não pode querer governar em maioria quando não teve votos suficientes para isso. A diferença para o segundo partido mais votado foi de apenas 27 votos, sem nos esquecermos que a CDU, a terceira força mais votada, também elegeu um elemento. Se José Maria Taipa não tem condições deve voltar a baralhar e dar jogo, que é como quem diz, ir a votos.


Não há respeito. Pelos cidadãos. A Assembleia Municipal de Paredes continua a ser protagonizada por trocas de insultos, insinuações e falta de respeito. É lamentável que a maioria dos deputados assistam as estas cenas tristes, alguns até divertindo-se, e não tenham a coragem de se levantarem e abandonarem a sala, em sinal de respeito por quem os elegeu.


Bons exemplos. Se na semana passada realcei o bom exemplo da Junta de Freguesia de Baltar, é de toda a justiça, esta semana, destacar a Junta de Rebordosa, que é outro bom exemplo. Elias Barros elaborou um projecto denominado “Rebordosa 21”, que prevê a requalificação de 32 ruas daquela cidade. Para levar a cabo o projecto, a Junta de Rebordosa precisa de 320 mil euros, quase tanto como o seu orçamento anual. Para financiar o projecto, o presidente da Junta conseguiu que 12 empresas doassem 210 mil euros. Um bom projecto!

Sab | 06.03.10

Bombeiros a arder e juntas sem executivo

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Bombeiros de Lordelo a arder I. Há duas semanas, anunciamos em primeira mão a demissão do comandante dos Bombeiros Voluntários de Lordelo. Na altura, o comandante confirmou a demissão, ao fim de três anos de mandato, sem adiantar os motivos.


Bombeiros de Lordelo a arder II. Esta semana, em entrevista, Miguel Ferreira explica as razões de um abandono prematuro e não poupa nas críticas ao actual presidente da direcção. O ex-comandante acusa Manuel Moreira Costa de autoritarismo, de querer “dar nas vistas”. O ex-comandante acusa ainda a actual direcção de despesismo e má gestão financeira.


Juntas de freguesia sem executivo. Depois das últimas eleições autárquicas, foram várias as Juntas de Freguesia que não tomaram posse por não haver acordo entre os eleitos. Uma dessas freguesias foi a de Lustosa. Entretanto, na semana passada o problema ficou resolvido, depois do presidente eleito ter chegado a um acordo com os restantes partidos. Onde parece não haver solução à vista é em Freamunde. Na última Assembleia de Freguesia os eleitos decidiram adiar a votação para o executivo até conseguirem uma proposta de consenso. Ao que parece, o presidente eleito esqueceu-se deste acordo e resolveu agendar uma nova Assembleia de Freguesia para a eleição da Junta. Das duas, uma: ou José Maria Taipa fez um acordo com membro eleito (à revelia dos partidos), ou está a querer novas eleições. A ver vamos.


Um bom exemplo. Maria Conceição Rosendo foi a única mulher a ser eleita para presidente de Junta no concelho de Paredes. Esta professora aposentada tem mostrado na freguesia de Baltar que, mesmo em tempo de contenção de custos, é possível fazer muito pela freguesia. Em poucos meses de mandato, os baltarenses já dispõem de vários projectos ligados ao ensino, que vão desde turmas de alfabetização ao ensino da informática. A prova que ser presidente de Junta é muito mais que asfaltar ruas e fazer canteiros.